Essa linha que nasce nos teus ombros,
Que se prolonga em braço, depois mão,
Esses círculos tangentes, geminados,
Cujo centro em cones se resolve,
Agudamente erguidos para os lábios
Que dos teus se desprenderam, ansiosos.
Essas duas parábolas que te apertam
No quebrar onduloso da cintura,
As calipígias ciclóides sobrepostas
Ao risco das colunas invertidas:
Tépidas coxas de linhas envolventes,
Contornada espiral que não se extingue.
Essa curva quase nada que desenha
No teu ventre um arco repousado,
Esse triângulo de treva cintilante,
caminho e selo da porta do teu corpo,
Onde o estudo de nu que vou fazendo
Se torna no quadro terminado.
José Saramago
Os Poemas Possíveis
Que se prolonga em braço, depois mão,
Esses círculos tangentes, geminados,
Cujo centro em cones se resolve,
Agudamente erguidos para os lábios
Que dos teus se desprenderam, ansiosos.
Essas duas parábolas que te apertam
No quebrar onduloso da cintura,
As calipígias ciclóides sobrepostas
Ao risco das colunas invertidas:
Tépidas coxas de linhas envolventes,
Contornada espiral que não se extingue.
Essa curva quase nada que desenha
No teu ventre um arco repousado,
Esse triângulo de treva cintilante,
caminho e selo da porta do teu corpo,
Onde o estudo de nu que vou fazendo
Se torna no quadro terminado.
José Saramago
Os Poemas Possíveis
me gusta tu blog, suave y con un delicado y triste aroma...
ResponderEliminarbsss
Saramago,siempre excelente escritor; ya en verso,ya en prosa.
ResponderEliminarMe encanta,Hanna.Un abrazo.
Buena referencia, la de Saramago.
ResponderEliminarEn portugués se me complica un poco, al menos si la leo, probablemente al oído sea muchísimo mejor...
Gracias.
Un beos (soy disléxica al besar, perdon)
Hola, Hanna. Se respira belleza poética aquí. Confortable.
ResponderEliminar:)
Un saludo!
Simplemente hermoso.
ResponderEliminarA ver si me pongo la pilas y me pongo al día con tu blog. No me lo quiero perder ni quedar atrás.
Un abrazo fuerte.